quarta-feira, 19 de maio de 2010

Doenças Auto-Imunes

Existem uma grande variedade de doenças auto-imunes, das quais se destacam:

  • Diabetes: a glicemia é a concentração de glicose no sangue e deve estar, em jejum, compreendida entre 0,8 e 1,0 g/L. A regulação da glicemia deve-se à presença de insulina e de outra hormona, que são produzidas no pâncreas e são segregadas por células endócrinas que se organizam em estruturas, as ilhotas Langerhans, que se destacam do tecido glandular do pâncreas exócrino que segrega as enzimas do suco pancreático. A insulina regula a entrada de glicose nas células do organismo. A maioria das células possui receptores específicos de insulina, a qual entrando na células favorece a penetração da glicose.
  • Artrite reumatóide: caracteriza-se pela destruição da cartilagem articular pelo sistema imunitário. Os processos inflamatórios repetidos vão deformando progressivamente as articulações que, com o tempo, ficam tão rígidas que perdem a mobilidade necessária ao seu funcionamento.
  • Esclerose em placas: é uma doença neurológica que se declara entre os 20 e os 40 anos e que se caracteriza pela destruição focal (“em placas”) de componentes do sistema nervoso. Os sintomas alternam com períodos de remissão. Verificam-se lesões na substância branca dos centros nervosos, devido à destruição da mielina, de axónios e mesmo de células nervosas. Essas lesões são provocadas por linfócitos T ou por mediadores químicos libertados pelo sistema imunitário.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Contaminção pelo HIV


Doenças e Desiquilíbrios do Sistema Imunitário

O sistema imunitário pode ter deficiências ou sofrer desregulações. Estas situações tornam o indivíduo muito vulnerável a infecções ou conduzem a reacções violentas contra elementos próprios ou do ambiente normalmente tolerados.
  • Alergias: estados de hipersensibilidade imunitária traduzidos por reacções aberrantes em relação a antigénios específicos (ácaros, pó, pólen, esporos, produtos químicos e produtos alimentares. Podem conduzir a consequências graves, como lesão de tecidos e órgãos. As substâncias que desencadeiam as alergias denominam-se alergénios e são, em regra, substâncias inofensivas presentes no ambiente que se comportam como antigénios normais para a maioria das pessoas. As alergias dividem-se em:

- Hipersensiblidade imediata: forma de alergia mais frequente. Manifesta-se imediatamente após o contacto com o alergénio ao qual o indivíduo ficou sensibilizado.

- Hipersensiblidade tardia: levam mais de 12 horas para se desenvolver, devido a reacções imunitárias mediadas por células, sem intervenção de anticorpos.

  • Doenças Auto-Imunes: Ao dar-se a maturação dos linfócitos T no timo, aqueles que apresentarem uma forte afinidade para os antigénios do próprio indivíduo são eliminados ou ficam inactivados, impedidos de agir. O timo funciona, assim, como um crivo que só deixa passar os linfócitos com pouca ou sem afinidade para os antigénios do próprio indivíduo (auto-antigénios), o que permite tolerância em relação ao próprio (self). Ao ser perturbada esta tolerância, o organismo reage contra os seus próprios componentes, o que provoca a lesão e a alteração das funções dessas células. Exemplos de Doenças Auto-Imunes: Lúpus, Diabetes, Artite Reumatoíde, etc.

  • Imunodefeciências: deficiência de constituintes do sistema imunitário, como linfócitos T (as pessoas sem linfócitos T são muito sensíveis a vírus e a infecções bacterianas intracelulares), linfócitos B (as pessoas ficam sujeitas a infecções extracelulares causadas por bactérias e outros agentes), fagócitos. As imunodefeciências dividem-se em:

- Imunodefeciência Congénita: os indivíduos não possuem linfócitos B nem linfócitos T. Deve-se a um funcionamento anormal da medula óssea. Um excerto de medula óssea compatível pode ser um tratamento eficaz.

-Imunodefeciência Adquirida: caso mais conhecido é o da SIDA. O HIV infecta as células, macrófagos e linfócitos T auxiliares, que possuem receptores sobre os quais o vírus se pode fixar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Memória Imunitária e Vacinação

Quando ocorre uma infecção, os mecanismos de defesa específicos são mobilizados, mas o sistema imunitário reage de diferente modo:

· Resposta imunitária primária: ocorre quando um antigénio entra pela primeira vez no organismo humano e activa os linfócitos capazes de o reconhecer. Traduz-se pelo aumento do número desses linfócitos, que após atingirem um máximo começam a baixar progressivamente. Esses linfócitos proliferam e diferenciam-se em células efectoras e em células de memória.

· Resposta imunitária secundária: surge quando ocorre um novo contacto com o mesmo antigénio e é mais rápida, de maior intensidade e de duração mais longa. As células de memória produzem mais células efectoras e mais células de memória.

As células efectoras sobrevivem apenas alguns dias, mas as células de memória ficam armazenadas nos órgãos linfóides periféricos, vivendo durante muito tempo, por vezes décadas. A memória é específica em relação a cada antigénio, isto é, se um novo antigénio invade o organismo, este desencadeia uma resposta imunitária primária em relação a esse antigénio, produzindo anticorpos para esse antigénio, não produzindo linfócitos B produtores de anticorpos de outro antigénio que tenha invadido anteriormente o organismo.




O princípio da memória imunitária é utilizado na imunização do organismo, recorrendo a vacinas. As vacinas permitem a erradicação, supressão de muitas doenças e infecções graves.


Vigilância Imunitária

Uma das principais funções da imunidade mediada por células é reconhecer e destruir células anormais, como por exemplo as cancerosas. As células anormais podem ter alguns antigénios superficiais diferentes dos das células normais e podem ser reconhecidas como estranhas.

A destruição de células cancerosas é feita por linfócitos T citotóxicos, que depois de activados pelos antigénios dessas células libertam substâncias químicas que podem provocar a morte celular por diferentes mecanismos, nomeadamente por apoptose (na apoptose, os sinais recebidos pela célula cancerosa activam enzimas de autodestruição que cada célula do organismo sintetiza e armazena, sendo o DNA degradado, bem como outros componentes essenciais. A célula fragmenta-se e os fragmentos são fagocitados por macrófagos ou por neutrófilos). Quando este processo não é eficaz (não reconhece ou destrói as células cancerosas), as células multiplicam-se e originam um cancro.

O sistema imunitário mediado por células é também responsável pela rejeição de enxertos de tecidos ou órgãos transplantados, em que existem diferenças bioquímicas e genéticas mais ou menos acentuadas entre o dador e o receptor. Os linfócitos T do receptor reagem contra as células estranhas do enxerto, destruindo-as. Quando se repete um enxerto que já tinha sido previamente rejeitado, a resposta imunitária é mais intensa e mais rápida, pois estão presentes linfócitos de memória.

Para minimizar as reacções de rejeição, procuram-se tecidos ou órgãos que sejam, tanto quanto possível, compatíveis com as características bioquímicas do receptor e aplicam-se várias drogas que suprimem a resposta imunitária (estas drogas comprometem a capacidade do sistema imunitário em relação a outras infecções).


Cooperação Entre Células Imunitárias


Os linfócitos B e os linfócitos T influenciam-se mutuamente:
· Os anticorpos produzidos pelas células B podem facilitar ou diminuir a capacidade de as células T atacarem e destruir as células invasoras;
· As células T auxiliares podem intensificar a produção de anticorpos pelas células B e os linfócitos T supressores suprimem essa produção (os linfócitos T não produzem anticorpos, mas controlam a capacidade das células B nessa produção).

Imunidade Mediada por Células


A imunidade mediada por células resulta da participação dos linfócitos T que possuem receptores membranares específicos, os receptores T (TCR), e que só reconhecem antigénios apresentados na superfície das células do nosso organismo ligados a moléculas identificadoras do indivíduo (base do reconhecimento dos nossos próprios antigénios (self) e dos antigénios que nos são estranhos (non-self), quando apresentados por células especializadas, as células apresentadoras).

Quando ocorre a fagocitose de bactérias ou vírus por um macrófago, formam-se fragmentos peptídicos dos antigénios que se ligam a certas moléculas presentes na superfície do macrófago, que os exibe e apresenta aos linfócitos T. A exposição e a ligação de linfócitos T com o antigénio apropriado activa esses linfócitos, que entram em divisão (menos acentuada do que nos linfócitos B). O estado de activação celular leva os linfócitos T a produzirem e a libertarem mediadores químicos com diferentes funções e a originarem células T de memória.

Um antigénio exposto pelas células apresentadoras pode activar diferentes tipos de linfócitos T, mas só os linfócitos T auxiliares originam células de memória. Os linfócitos T de memória vivem num estado inactivo durante muito tempo, mas respondem prontamente, entrando em multiplicação se o organismo for novamente invadido pelo mesmo agente antigénico.
Os linfócitos T são activos contra parasitas multicelulares, fungos, células infectadas por bactérias ou vírus, células cancerosas, tecidos enxertados e órgãos transplantados.

Anticorpos





Classes de imunoglobulinas: o termo imunoglobulina refere-se às características estruturais da molécula, enquanto o termo anticorpo está associado à sua função imunológica, que é a ligação ao antigénio. Todas as classes integram a superfície de linfócitos B como receptores.

Anticorpos pertencentes a classes diferentes, isto é como regiões constantes diferentes, podem apresentar a mesma especificidade antigénica, ou seja, apresentar idêntica sequência de aminoácidos na região variável. As propriedades biológicas são conferidas pelas regiões constantes das cadeias pesadas, enquanto a função de reconhecimento dos antigénios é apanágio das regiões variáveis.

Reacção Antigénio-Anticorpo

Anticorpos: proteínas específicas que circulam livremente no plasma sanguíneo, podendo existir em certas secreções. São capazes de se combinar quimicamente com o antigénio que estimulou a sua produção. A especificidade está relacionada com as estruturas químicas do determinante antigénico e do anticorpo.

Estrutura do anticorpo: proteína com estrutura globular, sendo designadas também por imunoglobulinas (lg). São representados em forma de Y, sendo compostos por quatro cadeias polipéptidicas interligadas e idênticas duas a duas:

As duas cadeias mais longas são denominadas cadeias pesadas ou cadeias H e as duas cadeias mais curtas designam-se por cadeias leves ou cadeias L. Existem regiões que são variáveis (V) de anticorpo para anticorpo enquanto outras são constantes (C). Estas controlam o modo como a molécula interactua com outros elementos do sistema imunitário.
Em diferentes anticorpos, a sequência de aminoácidos nas zonas variáveis são singulares e próprias de cada tipo de anticorpo, constituindo os sítios de ligação (dois por anticorpo) para um determinante antigénico específico.



Só um anticorpo que contém uma sequência particular de aminoácidos na zona variável pode “reconhecer”, isto é, ligar-se especificamente com um determinante antigénico, formando um complexo antigénio-anticorpo ou complexo imune.

Mecanismos de acção dos anticorpos: os anticorpos não têm capacidade de destruir directamente os invasores portadores de antigénios. Eles marcam as moléculas das células estranhas, que são destruídas depois por uma série de processos, ou fixam-se sobre essas moléculas, limitando a sua multiplicação e a sua proliferação.

Consequências da interacção antigénio-anticorpo:

· Aglutinação: se as moléculas antigénicas fazem parte da parede de uma célula, dá-se a aglutinação das células devido à ligação da mesma molécula do anticorpo a antigénios presentes em células diferentes. Os agentes portadores de antigénios ficam neutralizados e tornam-se inofensivos.

· Precipitação: se o antigénio é uma molécula solúvel o resultado pode ser a formação de complexos imunes insolúveis que precipitam.

· Intensificação directa da fagocitose: após a ligação dos anticorpos aos antigénios as regiões constantes dos anticorpos ficam na periferia do complexo imune. Nas membranas dos fagócitos existem moléculas capazes de fixarem de maneira específica essa região constante, aumentando a aderência dos complexos às células fagocitária, o que favorece a invaginação da membrana e a endocitose, seguindo-se a destruição por acção enzimática.

· Neutralização: os anticorpos fixam-se sobre vírus ou toxinas bacterianas, impedindo-os de penetrar nas células. Estes complexos podem ser depois destruídos por fagocitose.

Uma das funções dos mecanismos humorais é intensificar a resposta inflamatória e a eliminação celular já iniciada de uma forma não específica.

Imunidade Humoral

Os efectores da imunidade humoral são os linfócitos B. o sistema constituído pelas células B reconhece uma enorme variedade de diferentes antigénios, sendo efectivo contra bactérias, toxinas produzidas por bactérias, vírus e moléculas solúveis.
O reconhecimento de antigénios pelos linfócitos B deve-se à existência de receptores na respectiva membrana, que são proteínas complexas que se designam por imunoglobulinas. Estes receptores são anteriores a qualquer contacto com o antigénio. Após o contacto com o antigénio, os linfócitos B experimentam uma sequência de modificações no sentido de produzirem grandes quantidades de imunoglobulinas idênticas ao seu receptor, mas destinadas ao meio extracelular (anticorpos).
Os anticorpos não reconhecem o antigénio como um todo, apenas identifica regiões localizadas na superfície de um antigénio – determinantes antigénicos ou epítopos. Certos antigénios têm muitos determinantes diferentes na sua superfície e por isso podem estimular a produção de diferentes anticorpos.


Fases da imunidade humoral:
· Activação dos linfócitos B: o antigénio estimula uma pequena fracção dos linfócitos B, que correspondem àqueles que possuem receptores capazes de reconhecer os seus determinantes antigénicos.


· Proliferação clonal dos linfócitos activados: cada um dos linfócitos activados entra em vários ciclos celulares rápidos, originando clones que por sua vez vão originar outros clones (resposta policlonal).


· Diferenciação dos linfócitos B: uma parte das células de cada clone diferencia-se em plasmócitos, que são células secretoras de anticorpos.
A produção de anticorpos dá-se nos gânglios linfáticos, que se tornam hipertrofiados devido à multiplicação dos linfócitos activados e à presença dos plasmócitos. Os anticorpos são libertados na linfa ou no sangue circulando até ao local de infecção.
Nem todos os linfócitos B estimulados se diferenciam em plasmócitos. Muitos constituem células de memória, células de vida longa que ficam inactivas, mas prontas a responder rapidamente caso o antigénio reapareça.

Defesa Específica

Enquanto os mecanismos de defesa não específica actuam, os mecanismos de defesa específica vão sendo mobilizados, interactuando com a primeira e a segunda linha de defesa. Os mecanismos de defesa específica são extremamente eficazes e dirigidos especificamente contra determinados elementos estranhos. A defesa específica constitui a terceira linha de defesa.
Na imunidade específica intervém o sistema linfóide constituído por tecidos e órgãos colectivamente designados por órgãos linfóides e células efectoras, que são os linfócitos.



Órgãos linfóides:


· Órgãos linfóides primários: timo e medula óssea vermelha, onde os linfócitos se diferenciam e atingem a maturação.
· Órgãos linfóides secundários ou periféricos: baço, gânglios linfáticos, amígdalas e um tecido linfático organizado (gânglios linfáticos) que se distribui ao longo do intestino delgado e no apêndice. São locais de desenvolvimento da resposta imunitária.


Antigénios: componentes moleculares estranhos que estimulam uma resposta imunitária específica e que podem ser moléculas livres ou estruturas moleculares que existem na superfície de células.


Numa resposta imunitária específica, as células efectoras são os linfócitos B e os linfócitos T, que se originam na medula óssea vermelha a partir de células precursoras de linfócitos, os linfoblastos, migrando posteriormente, para o timo ou permanecendo na medula óssea.


As células que se diferenciam sob a influência do timo transformam-se em linfócitos T, enquanto os linfócitos B continuam o seu desenvolvimento na medula óssea.
O processo de amadurecimento dos linfócitos resulta na aquisição de diferentes tipos de receptores (moléculas membranares).


Após os linfócitos terem desenvolvido os respectivos receptores, tornam-se células imunocompetentes, capazes de resposta imunitária. Os linfócitos passam depois à corrente sanguínea e a sua maioria migra para os tecidos e órgãos linfóides. No caso de uma resposta inflamatória, os linfócitos podem migrar para o local do processo inflamatório, onde ocorre o contacto como o antigénio.


Característica importante do sistema imunitário: capacidade de memória em relação a substâncias estranhas que invadiram anteriormente o organismo e à quais ele reage rapidamente quando ocorrer nova infecção.




Respostas imunitárias específicas:
· Imunidade mediada por anticorpos ou imunidade humoral
· Imunidade mediada por células ou imunidade celular

Resposta Inflamatória




Defesa não Específica - Imunidade Inata

A resposta é idêntica para agentes invasores diferentes e mantém-se idêntica independentemente do número de vezes que o mesmo agente interactua com o indivíduo.

Primeira linha de defesa: barreiras físicas e químicas que impedem a entrada de seres estranhos.

· Pele: representa a primeira barreira mecânica e química para os corpos estranhos. A camada mais externa da epiderme é formada por células mortas que constituem uma camada córnea protectora e na epiderme existem células especializadas na pigmentação e células que asseguram a imunidade cutânea.
· Pêlos das narinas: representam uma primeira barreira à entrada dos microrganismos existentes no ar inspirado.
· Mucosas: forram as cavidades do corpo que abrem para o exterior e segregam muco que fixa os microrganismos, dificultando o contacto com as células. Também possuem células especializadas na imunidade.
· Secreções e enzimas: as glândulas sebáceas, sudoríparas e lacrimais segregam substâncias tóxicas para muitas bactérias, impedindo a sua progressão no organismo.

Segunda linha de defesa: actua quando os microorganismos conseguem ultrapassar as barreiras externas.

· Resposta inflamatória local e fagocitose: no tecido atingido pelos agentes patogénicos os mastócitos (células que resultam da diferenciação de basófilos) produzem histamina e outros mediadores químicos que provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e aumentam a sua permeabilidade, o que leva ao aumento da quantidade de fluido intersticial, o que provoca um edema na região. As reacções inflamatórias traduzem-se por uma acumulação de substâncias químicas inflamatórias que activam o sistema imunitário, atraindo ao local os “actores” da resposta (Quimiotaxia: corresponde a uma migração direccional das células em resposta aos gradientes de determinados factores químicos).Após o início da reacção inflamatória, os neutrófilos e os monócitos começam a deformar-se e a atravessar as paredes dos capilares, passando entre as células dessas paredes para os tecidos infectados (diapedese). Os monócitos transformam-se então em macrófagos, células com grande capacidade fagocítica. Um neutrófilo fagocita cerca de 20 bactérias e um macrófago cerca de 100 bactérias.

o Efeitos de uma reacção inflamatória:
§ Edema: devido ao aumento da quantidade do fluido intersticial.
§ Rubor: causado pelo maior afluxo sanguíneo ao local lesionado.
§ Calor: causado pelo maior afluxo sanguíneo ao local lesionado.
§ Dor: devida à distensão dos tecidos e à acção de diversas substâncias químicas sobre as terminações nervosas da zona afectada.Após a resposta inflamatória, ocorre cicatrização com reparação tecidular, havendo regeneração de alguns tecidos devido à formação de novas células por processos mitóticos.

· Resposta sistémica: As toxinas produzidas pelos agentes patogénicos e certos compostos chamados pirogénios, produzidos por alguns glóbulos brancos, podem fazer aumentar a temperatura corporal que, quando anormalmente elevada, se designa por febre. Uma febre moderada contribui para a defesa, estimulando a fagocitose e inibindo a multiplicação de muitos microrganismos. Outra resposta sistémica que acompanha a reacção inflamatória é o aumento de leucócitos em circulação.

· Interferões: são glicoproteínas particularmente importantes na limitação da propagação de determinadas infecções virais.
Quando os vírus ou outros parasitas intracelulares atacam certas células, elas respondem com a formação de interferões (que também podem ser produzidos por certos linfócitos T activados), que se difundem, entram na circulação e ligam-se à membrana citoplasmática de outras células, estimulando-as a produzir proteínas antivirais que inibem a replicação do ácido nucleico viral. O resultado final consiste em criar um cordão de isolamento de células não infectáveis à volta do local de infecção pelo vírus, de modo a restringir a sua propagação.
O vírus em contacto com as proteínas antivirais torna-se pouco eficaz na infecção de células. O interferão não é específico, pois induz a produção de proteínas que podem inibir a multiplicação de vírus muito diferentes.